Maldita cocaína

De entre todo o manancial de informação com que diariamente somos bombardeados, há sempre notícias que se destacam pelo seu carácter inesperado.
Saiu uma reportagem na revista brasileira Isto É que se centra nas mulheres - pouco elogiosamente denominadas "mulas" (regra geral, mulheres bonitas que, por razões óbvias, ludibriavam as autoridades policiais) - que transportam cocaína dentro delas para tráfico, após terem sido submetidas a operações cirúrgicas com esse objectivo. Lembrei-me de imediato do filme colombiano Maria Cheia de Graça que, a propósito, ainda não vi, mas que já está na minha lista de filmes a visionar (como se tornou moda dizer hoje em dia!).
Fazem operações plásticas na Colômbia ou no Brasil, colocando pacotes herméticos de cocaína e de ecstasy no peito ou nas coxas a troco de chorudas quantias.
Como será conviver e viver com essa sórdida ideia? Levando essas substâncias não com elas (não menos grave, claro está), mas nelas? A mudança de preposição é assustadora, sem dúvida. Coloco a questão sem qualquer tipo de intuito moralista, pois percebe-se bem que a opção por essa estranha forma de vida radica em vidas de acentuada carência material ou de manifesta disfunção familiar, social, etc. Ou não necessariamente. A reportagem também revela que a grande maioria das "mulas" pertence à classe média e ingressa as amplas fileiras do desemprego.
Quando pensávamos que estava tudo dito em relação às manhas e artimanhas engendradas para o tráfico de droga, rapidamente se chega à conclusão de que este, como muitos outros, aliás, é um campo terrivelmente inesgotável...
Reportagem Isto É - "Vida de Mula"

Comentários

JL disse…
Eu diria que aqui está uma nova forma de prostituição.

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