Naifa ou a beleza das coisas quotidianas
Monotone
Antes de saíres para o trabalho, arrumas à pressa o dia anterior
Para debaixo da cama.
Antes de saíres para o trabalho
Guardas o coração ainda adormecido bem dentro do teu corpo
E esqueces essa canção que já não passa na rádio
Mas que vive secretamente dentro de ti.
Fechas a porta à chave com duas voltas e sais.
Parada junto à passadeira, protegida num gesto ledo
Fixas o olhar na sombra dos carros que passam.
Esperas pelo sábado,
Pelo feriado e as suas pontes,
Pelas férias para ouvires as tuas canções.
Sentes-te longe, silenciosa de luz.
E esqueces essa canção que já não passa na rádio
Mas que vive secretamente dentro de ti.
Fechas a porta à chave com duas voltas e sais.
Antes de saíres para o trabalho, arrumas à pressa o dia anterior
Para debaixo da cama.
Antes de saíres para o trabalho
Guardas o coração ainda adormecido bem dentro do teu corpo
E esqueces essa canção que já não passa na rádio
Mas que vive secretamente dentro de ti.
Fechas a porta à chave com duas voltas e sais.
Parada junto à passadeira, protegida num gesto ledo
Fixas o olhar na sombra dos carros que passam.
Esperas pelo sábado,
Pelo feriado e as suas pontes,
Pelas férias para ouvires as tuas canções.
Sentes-te longe, silenciosa de luz.
E esqueces essa canção que já não passa na rádio
Mas que vive secretamente dentro de ti.
Fechas a porta à chave com duas voltas e sais.
O concerto de Naifa ontem no Teatro Acert de Tondela foi absolutamente memorável, não só pelo ambiente de profunda partilha que se estabeleceu e pela voz avassaladora da vocalista, a par da qualidade de todos os músicos em palco, mas sobretudo, pelo poder electrizante das palavras e das poesias que se entretecem e se alimentam das coisas quotidianas: a rotina, os (des)encontros, as memórias, a dor da ausência e da perda, a tragédia do quotidiano, percorridas por uma ironia quase corrosiva e não menos cómica. Aqui fica uma música "ideal" para uma segunda-feira que se avizinha!...
Comentários
Como eu disse, rio-me muito mais depressa com uma velhinha malvada a cair pela escadaria abaixo, do que como tu disseste, com a dita velhinha a ser ajudada numa passadeira!!:) Espero não ferir susceptibilidades...Mas A Naifa "oh pá é uma paixão, é paixão mesmo" como dizia a outra enquanto se contorcia sensualmente!!eheheh!Uma cabeça oca até dizer chega, mas contorce-se bem;)
A Naifa tem história no meu coração,e o meu coração não esquece e aquece de cada vez que recorda.
Obrigada por teres ido comigo!
Beijinhos
Rita Nery