(In)solúvel?

É com apreensão que assistimos ao desenrolar dos acontecimentos no Médio Oriente e ao recrudescimento da tensão entre israelitas e libaneses que já se traduziu num elevado número de vítimas de ambos os lados. O crescendo de ataques não auspicia nada de bom.
Não é meu intuito fazer um historial de um conflito já histórico, apenas reflectir sobre a (in)solubilidade do mesmo.
O Médio Oriente parece mesmo condenado a um destino de destruição, de caos e de permanente confronto. Haverá, de facto, solução para a questão israelo-palestiniana? É precisamente esta que se encontra na base de toda a discórdia e de uma tensão mortífera que se estende a toda a região e aos seus povos.
Até se encontrar a tão desejada solução da criação de dois estados autónomos, que coexistam em pleno direito, o sangue irá continuar a correr e a ser derramado. As feridas adensam-se cada vez mais e o sentimento de aversão e de repulsa em relação ao outro – o “ocupado” ou o ”ocupante”, consoante a perspectiva - tornar-se-á basicamente incontrolável. A resolução do problema (é mais do que um problema. Semanticamente, parece quase impossível encontrar um conceito que traduza a avassaladora dimensão desta questão) passa pelo diálogo e não pela retaliação constante.
Na cimeira de paz de Camp David, em 2000, que reuniu o então primeiro-ministro israelita Ehud Barak e Arafat, sob a orientação de Bill Clinton, esteve-se muito perto da paz, de uma solução efectiva. Nunca como então se acreditou na solubilidade do conflito israelo-palestiniano.
A partir daí, agudizaram-se as tensões entre estes povos, trilhando-se um caminho de extremismo que, a avaliar pelos últimos acontecimentos, não augura um final feliz.
As vítimas são sempre as mesmas. Civis inocentes de ambos os lados das trincheiras que não foram bafejados pela sorte de nascer num ponto do planeta pacífico, em que se pode estar tranquilamente em casa a ver televisão sem medo de se ser atingido por mísseis ou em que se pode apanhar um autocarro sem medo que este de desfaça em mil pedaços.
Quando é que o mundo se irá mobilizar por uma solução de paz para o Médio Oriente?
Antes que tudo se desmorone e seja tarde demais. Os rios de sangue que insistem em correr
É preciso um happy end. Urgentemente.

Comentários

Al Cardoso disse…
Como adoraria tambem, em ver um "happy end".

Um abraco fornense.
Anónimo disse…
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Anónimo disse…
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