O apelo da diferença

Em Portugal, é cada vez maior o número de pessoas que está a aprender mandarim (erroneamente designado chinês), a língua mais falada no mundo.
Uns são movidos pelo apelo da diferença e outros por questões de ordem pragmática, uma vez que a China se está a afirmar na cena internacional como a próxima grande potência económica e há, logicamente, todo um mundo de oportunidades de negócio que se abre a quem "domine" o mandarim.
Daí ser tão decisivo tentar (reforço o verbo) aprender este idioma tão peculiar constituído por caracteres ideográficos, isto é, que expressam ideias e conceitos. Li uma vez que um chinês médio precisava de dominar 500 caracteres para conseguir ler um jornal!
De facto, a China é um lugar distante e essa mesma distância cultural e civilizacional reflecte-se na profunda estranheza que ressalta do idioma chinês, quase intransponível, uma verdadeira cortina insondável. Como se a própria Muralha da China se transpusesse para o território da língua. E bem sabemos que é difícil ser-se Copperfield para a atravessar!...
A sensação que se tem ao vislumbrar os caracteres chineses (ou cirílicos ou árabes) assemelha-se muito àquela que tínhamos, em crianças, quando víamos as legendas dos filmes sem ainda saber ler. É a sensação de puro analfabetismo, o que encerra em si um fascínio indizível...

Comentários

SOS PRAÇA LAGOS disse…
Fascínio que pode virar vontade de desvendar o "mistério".
Al Cardoso disse…
Pelo menos para aprender hebraico, nao e necessario decorar tantos carateres.
Caramba que estes chineses sao mesmo complicados.

Um abraco forno-algodrense
Ana M Abrantes disse…
Que dizer de uma pauta de música?
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