Ohran Pamuk

O Nobel da Literatura deste ano, o escritor Ohran Pamuk, fala turco e tem em Istambul o mote de eleição dos seus livros. A Academia Nobel justificou da seguinte forma a atribuição do prémio a Ohran Pamuk:

"who in the quest for the melancholic soul of his native city has discovered new symbols for the clash and interlacing of cultures."

“alguém que, na busca pela alma melancólica da sua cidade natal, descobriu novos símbolos do confronto e do entrelaçar de culturas.”


Há duas obras deste autor traduzidas para Português pela Editorial Presença: Os Jardins da Memória e A Cidadela Branca. Esta editora anunciou para breve a tradução da obra A Vida Nova.
Ainda não li nenhum livro deste autor, mas confesso que a atribuição do Nobel é sempre um grande impulso para descobrir novos escritores e, por extensão, literaturas distantes. Nesse sentido, é muito importante consagrar escritores de países à margem, o que, sobretudo, se deve à questão linguística.
De certeza que a Letónia terá autores de primeiríssima qualidade, no entanto a probabilidade de encontrar um bom tradutor de letão será quase semelhante à de encontrar uma agulha num palheiro.
Daí que a Academia Sueca Nobel desempenhe um papel fundamental na divulgação de literaturas ainda longínquas, ao dar voz a autores que, de outra forma, não teriam a oportunidade de ouro de terem as suas obras traduzidas numa panóplia de idiomas. Esse, sim, é o prémio maior.
É, de facto, belo o processo de verter uma frase de Turco para Português e constatar que as verdades tematizadas na grande Literatura se fazem de um mesmo substrato: da universalidade da condição humana. Seja em Istambul ou em Lisboa.

Leia mais sobre Ohran Pamuk no site da Presença
Foto retirada daqui

Comentários

Vica disse…
É, eu também fiquei curiosa para conhecer a literatura desse escritor.
É, mechas fazem milagres por nós mulheres! ;)
Al Cardoso disse…
Parece-me que o premio deste ano embora distinga o autor, tempo muito do politicamente correcto, que esta a invadir a "Nossa Europa"

Mas isto digo eu, que admito nada saber.

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