Segundo "round"

No entanto, a realidade dos factos passou uma rasteira ao presidente brasileiro que, segundo a edição de ontem da Folha de S. Paulo, irá reunir com o seu partido para definir uma outra estratégia política.
Lula era o símbolo da utopia, das múltiplas possibilidades que se abriam a esse país riquíssimo, mas que fora sempre minado pela corrupção das classes dirigentes, tornando-se o que muitos designariam de “país ingovernável”. No entanto, com Lula, o cenário de esperança adquiriu outros contornos e espalhou-se a crença de que ele iria mudar o estado de coisas vigente, pois ele próprio era a prova viva de que a luta incessante poderia levar os seus protagonistas a bom porto. Ele simbolizava a vitória dos mais fracos, dos marginalizados que agora tinham nele (e no seu partido, obviamente) um representante que lhes dava voz.
Porém, o escândalo do “Mensalão” – amplamente divulgado e debatido em Portugal – abalou fortemente as estruturas do governo, deitando por terra a esperança nele depositada não só pela população em geral, mas também pelos mais reputados intelectuais e pensadores da cultura brasileira.
Além das polémicas que rebentaram, o facto de Lula não ter comparecido no último debate televisivo foi altamente penalizador e representou, sem dúvida, a gota de água.
Lula encetou um combate acérrimo à pobreza no Brasil – justiça lhe seja feita - e os índices baixaram drasticamente.
No entanto, o Brasil continua à mercê da corrupção das classes dirigentes, a par de um sentido de ingovernabilidade que parece, infelizmente, perpetuar-se.
Foto retirada daqui
Comentários
Por outro lado, temos de ser honestos e perceber que a culpa não é inteiramente deles. Como poderia ser o Brasil um país sem corrupção se a Fátima Felgueiras lá passou uma série de meses de férias? E se o PCC existe, não estará isso relacionado com a transmissão dos jogos do Porto na RTP internacional?