So eighties





Ontem à noite enquanto (re)via o “Crime na Pensão Estrelinha”, recentemente lançado pela Time Out e que constitui, sem dúvida, umas das grandes obras-primas de Herman José, o expoente máximo do humor em Portugal, não pude deixar de reparar no fantástico guarda-roupa que mostra bem as tendências que vigoravam na moda de então e que hoje nos fariam corar, no mínimo.
Aposto que, algures numa gaveta recôndita, ainda encontraremos vestígios dessa época de exageros em que tudo era disforme e profundamente desmesurado, em nome de uma estranha estética cuja lógica nos escapa por completo, mas que detem ainda um certo “je ne sais quoi”.
Atire a primeira pedra quem nunca usou...
− uma camisola com chumaços/ombreiras?
− um blusão de ganga XXL?
− um blusão de penas da Duffy?
− calças de ganga que quase chegavam ao pescoço?
− camisas larguíssimas ao xadrez e de preferência de flanela?
− calças de ganga rotas?
− blusas de ganga?
− botas de pedreiro ou de cowboy?
− blusões de cabedal pretos de motoqueiro? (já nem menciono as pulseiras de cabedal aos piquinhos…)
− cabelos desgrenhados, franjas com cabelos encaracolados?
− aqueles bodies bem justinhos?
− camisolas de lã enormes de gola redonda, bem justinha ao pescoço e que as nossas próprias mães criavam?
− corpetes?
− estranhas conjugações de padrões completamente diversos, mas cuja harmonia jamais se punha em causa?
And so on, and so on…
Por oposição, as tendências da moda e da beleza hoje em dia apontam no sentido do elogio e do endeusamento de corpos cadavéricos e esqueléticos, completamente insípidos e sem qualquer poder atractivo. Quanto mais débil e esguio, melhor. Até ao limite da sanidade.
Pelo menos nos excêntricos anos 80, havia sentido de humor na forma como as pessoas se apresentavam. Tudo era desmedido e alucinado, num peculiar XXL universal que nos unia nessa excentricidade não questionada. 80’s forever!!
Aposto que, algures numa gaveta recôndita, ainda encontraremos vestígios dessa época de exageros em que tudo era disforme e profundamente desmesurado, em nome de uma estranha estética cuja lógica nos escapa por completo, mas que detem ainda um certo “je ne sais quoi”.
Atire a primeira pedra quem nunca usou...
− uma camisola com chumaços/ombreiras?
− um blusão de ganga XXL?
− um blusão de penas da Duffy?
− calças de ganga que quase chegavam ao pescoço?
− camisas larguíssimas ao xadrez e de preferência de flanela?
− calças de ganga rotas?
− blusas de ganga?
− botas de pedreiro ou de cowboy?
− blusões de cabedal pretos de motoqueiro? (já nem menciono as pulseiras de cabedal aos piquinhos…)
− cabelos desgrenhados, franjas com cabelos encaracolados?
− aqueles bodies bem justinhos?
− camisolas de lã enormes de gola redonda, bem justinha ao pescoço e que as nossas próprias mães criavam?
− corpetes?
− estranhas conjugações de padrões completamente diversos, mas cuja harmonia jamais se punha em causa?
And so on, and so on…
Por oposição, as tendências da moda e da beleza hoje em dia apontam no sentido do elogio e do endeusamento de corpos cadavéricos e esqueléticos, completamente insípidos e sem qualquer poder atractivo. Quanto mais débil e esguio, melhor. Até ao limite da sanidade.
Pelo menos nos excêntricos anos 80, havia sentido de humor na forma como as pessoas se apresentavam. Tudo era desmedido e alucinado, num peculiar XXL universal que nos unia nessa excentricidade não questionada. 80’s forever!!
Comentários
Beijinhos, Vica!
ana cota
Também usei, confesso... :-)
Beijinhos!