(Ainda) o (des)acordo ortográfico


Esta tem sido, sem dúvida, uma das minhas obsessões de eleição dos últimos tempos, mas é por uma boa causa!
Ontem comprei este livro na FNAC e creio que será, certamente, uma enriquecedora sugestão de leitura para todos os que, como eu, têm sérias reservas em relação à viabilidade de um acordo que pretende unificar a língua portuguesa, mas que irá contribuir para um caos linguístico sem precedentes, aniquilando, sem dó nem piedade, a beleza da multiplicidade e, no fundo, das inúmeras variantes do Português que se pensa, se fala e se escreve nos quatro cantos do mundo.
Vasco Graça Moura dá o eloquente exemplo do Inglês de Inglaterra que não sucumbiu perante o poderio do Inglês falado nos EUA e no resto do mundo. Dá que pensar, sem dúvida!
A língua é um território bem mais vasto, bem mais poético, que ultrapassa as limitadas mentes dos "iluminados" que brincam à política e que se julgam detentores de uma verdade que nem sequer percebem!
Recordo as palavras de Mia Couto:
"Não tem de haver acordo, a riqueza está em encontrar diferentes sabores nas grafias."

Comentários

Dalaiama disse…
Eu não sou contra o acordo ortográfico, Ana. Com honestidade já o disse uma vez. Mas tampouco me vou bater por ele.
Aprecio a tua certeza e fazes bem em defender o teu ponto de vista.
Fiquei a pensar na frase do Mia Couto. É delicioso falar nos «diferentes sabores nas grafias»! Frase bem trazida.
Um abraço blogosférico.
Rita Nery disse…
Ainda Mary???lol!!!
Deixa lá isso...não te apoquentes minha filha que tudo nesta vida tem solução:))

Beijooooooooooooossssssssssssss

Rita Nery

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