Chove chuva...

Não, não é por falta de tema que escrevo sobre a chuva. "Chover", verbo impessoal de sujeito basicamente indefinido, que se entranha em nós, espraiando-se um insuportável cinzento sobre a alma. Sou tão permeável a este fenómeno atmosférico que chega a roçar os limites do ridículo ou do cómico, das duas uma. Fico indescritivelmente impaciente, deprimida, viro e reviro os olhos e o pensamento e não encontro nada que me mova e me cative. Espero ansiosamente por alguns tímidos raios de sol que, em acto contínuo, me devolvam um sorriso. Chuva oblíqua de Pessoa ou simplesmente chuva. Entediante. Cinzenta. É bom ouvi-la, mas trocaria o prazer deste som aconchegante por uma chuva de raios de sol, quentes e que não cessassem nunca!
Como diria Jorge Ben, "chove, chuva/ chove sem parar/ pois eu vou fazer uma prece pra Deus Nosso Senhor/ prá chuva parar/ de molhar meu divino amor"...
Nem com preces lá vamos. Esta chuva veio mesmo para ficar...
Comentários
:-)
Sabes, numa noite recente destas chuvosas saí para pintar. Chovia, mas eu tinha que aproveitar a oportunidade. Não foi confortável, mas enfim, lá valeu a pena.
Abraço ;-)