"Coisas maravilhosas" de Tiago Guedes

As coisas maravilhosas são, por norma, difíceis de definir. Sentem-se apenas e revelam-se como epifanias fugazes que desejaríamos, porém, perpetuar.
Ontem assisti no Teatro Viriato à última criação do coreógrafo Tiago Guedes intitulada "Coisas Maravilhosas" que, curiosamente, nasceu de um vídeo "Egyptian Regae" (Jonathan Richman & Modern Lovers) e que se afirmou e consolidou como mote para um espectáculo único, enigmático e primordial.
Ontem assisti no Teatro Viriato à última criação do coreógrafo Tiago Guedes intitulada "Coisas Maravilhosas" que, curiosamente, nasceu de um vídeo "Egyptian Regae" (Jonathan Richman & Modern Lovers) e que se afirmou e consolidou como mote para um espectáculo único, enigmático e primordial.
Durante o espectáculo, somos guiados a um tempo sem tempo, a um espaço sem espaço, com o seu "je ne sais quoi" de tribal e de primitivo, porque revelador da essência mais genuína do ser humano.
Ali se espelham os encontros, os desencontros, a solidão, a amizade e tantos outros fenómenos da existência.
Os corpos enleiam-se, num estado de semi-nudez, sem qualquer motivo aparente, para logo se afastarem, procurando rumos distintos que acabam sempre por desaguar num mesmo caminho.
É, sem dúvida, um espectáculo que se presta a infinitas interpretações e que encerra em si o mistério da condição humana, revelado através dos cânticos, das palavras que se balbuciam e que mal se compreendem e da dança dos sentidos com que somos brindados.
Em suma, uma sucessão de momentos maravilhosos!
Comentários
beijo,
zp | 080615
Beijinhos
Rita Nery